sexta-feira, agosto 12, 2005

Humanidade

Tenho uma coisa a inquietar-me. Disserem-me à pouco que o meu horário de saída, depende da chuva. É isso mesmo, da chuva. Ora, se chover, é possível que saia mais tarde. O que me inquieta é pensar que o máximo que posso fazer para não sair às 3h ou 4h da manhã, é pedir aos deuses que me ajudem. Que raios! Não é suposto vivermos numa sociedade evoluída? Pois digo-vos, somos uns primitivos. Como podemos ter a arrogância de pensar que somos evoluídos... Nem conseguimos controlar o clima! Não é Calvin? Pois digo-vos, eu sou primitivo. Só assim se explica esta ansiedade que me corrói os nervos. Estou desiludido com a Humanidade.

quinta-feira, agosto 11, 2005

penas

explodiu dentro de mim, sem pólvora, sem fogo, tudo o que tinha era para ti. em silêncio. este silêncio que tão bem conheço. este enorme mundo de nada que é tudo para mim. e nós... esta palavra que foge... que cínicamente paira sobre o meu olhar como uma pena que cai, devagar, cai... e outra pena que cai... são bonitas as penas que caiem. e tento segurá-la com a mão, foge... com as duas mãos, peço-lhe para poisar delicadamente, mas o vento teima em soprar. a pena desce, vai descendo... com estrondo. um estrondo surdo. um estrondo que poderia fazer tremer o mundo, mas que não me rasga a pele sequer. sigo caminhando. assim aprendi. caminhando na direcção do vento que me traga mais penas. pois de penas é feito o meu coração.

quarta-feira, agosto 10, 2005

Monstros

Tenho monstros no meu sótão. São monstros bons, mas são monstros e ninguém gosta de monstros. Que fazer... Sempre convivi bem com os meus monstros, nunca me amedrontaram e até serviram de guia em ocasiões difíceis. Cresci com eles. Mas ninguém gosta de monstros e mostrei-lhes isso. Compreenderam. Mas eles são monstros. E não vão deixar o meu sótão.

terça-feira, agosto 09, 2005

Hoje


Queria ter alumínio de pele, arame de articulações, telescopios de olhos, óleo de sangue, cérebro de chips ... Sem rins, sem fígado, sem estômago, sem nervos, sem coração. Queria ser um robot. Não queria ter visto o que vi. Não queria ter sentido o que senti. Não tinha que ser assim.

segunda-feira, agosto 08, 2005

Ibrahim Ferrer

Dos Gardenias
De Isolina Carrillo, imortalizado pela voz de Ibrahim Ferrer


Dos gardenias para ti
Con ellas quiero decir
Te quiero, te adoro, mi vida
Ponles toda tu atención
Porque son tu corazón y el mío

Dos gardenias para ti
Que tendrán todo el calor de un beso
De esos besos que te di
Y que jamás encontrarás
En el calor de otro querer

A tu lado vivirán y se hablarán
Como cuando estás conmigo
Y hasta creerás que te dirán
Te quiero

Pero si un atardecer
Las gardenias de mi amor se mueren
Es porque han adivinado
Que tu amor me ha traicionado
Porque existe otro querer

Há tesouros em toda a parte

Há tesouros em toda a parte. Cada um de nós é um tesouro. O meu tesouro não é o espelho do Srº Júlio. Mas nesse espelho pode estar o tesouro de todos nós. Tenho encontrado alguns tesouros, espero q saibam...

sexta-feira, agosto 05, 2005

Phoenix

A tua cara enoja-me! Mata-te. Não combatas, entra no fogo e arde! Arde mas não deixes de sorrir. Morre com orgulho e a sorrir hipócrita de merda! Mas morre. Morre. Exorcita essa lama nojenta que te cobre a alma e renasce.

quarta-feira, agosto 03, 2005

Ilha Dourada

Voltei de férias. Do meu paraíso. Estava eu tão bem a beber corais dentro de água, a comer lapas, bolo do caco com manteiga de alho, por vezes com polvo... Jogar golfe, nadar... Beber corais... Acompanhar bolo de mel com vinho da madeira... Acordar quando as pálpebras acordarem... Beber corais.... ummm... a Praia.... dia de luz festa de sol e o barquinho a deslizar no macio azul do mar tudo é verão o amor se faz no barquinho pelo mar que desliza sem parar... E agora estou aqui.