quinta-feira, agosto 11, 2005

penas

explodiu dentro de mim, sem pólvora, sem fogo, tudo o que tinha era para ti. em silêncio. este silêncio que tão bem conheço. este enorme mundo de nada que é tudo para mim. e nós... esta palavra que foge... que cínicamente paira sobre o meu olhar como uma pena que cai, devagar, cai... e outra pena que cai... são bonitas as penas que caiem. e tento segurá-la com a mão, foge... com as duas mãos, peço-lhe para poisar delicadamente, mas o vento teima em soprar. a pena desce, vai descendo... com estrondo. um estrondo surdo. um estrondo que poderia fazer tremer o mundo, mas que não me rasga a pele sequer. sigo caminhando. assim aprendi. caminhando na direcção do vento que me traga mais penas. pois de penas é feito o meu coração.

1 comentário:

Inútil disse...

É uma pena..